Veja e diga se acha interessante ou não:
OBS: Este video foi filmado no dia 21 de Setembro no Wisconsin, EUA.
Porque é que o estado injectou 5,7 mil milhões de euros para salvar o BPN evocando um risco sistémico quando este banco representava apenas 2% de quota de mercado?
Porque, para além da corrupção e das altas personalidades envolvidas, o que muita gente não sabe, porque não foi divulgado, é que muito dinheiro da Segurança Social estava lá depositado, e essa verdade não convêm a ninguém.
Jogar na bolsa o dinheiro das reformas.
Os descontos que fazemos para a reforma são geridos pela Centro Nacional de Pensões da Segurança Social ou a Caixa Geral de Aposentações (no caso das reformas da Função pública e empresas do Estado). Mas, como é óbvio, esse dinheiro não fica a "dormir" durante anos para ser utilizado para pagar as pensões mais tarde.
No caso da Caixa Geral de Aposentações, a carteira de investimentos é composta quase exclusivamente por títulos de dívida do Tesouro português, o que em caso de queda de valor de mercado, como tem sido o caso nos últimos anos, as perdas podem ser significativas. Só no ano de 2011, essas perdas foram de 1,46 mil milhões de euros. Esta política de investimentos, adoptada pelos sucessivos governos, há muito tempo que deixou de ser considerada segura.
No caso da Segurança Social, o dinheiro das reformas é gerido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) que investe esse dinheiro em títulos de dívida portuguesa, sendo assim a CGD um dos maior credores do próprio Estado com um valor superior a 5 mil milhões de euros. Mas a CGD também investe esse dinheiro em outras áreas.
O dinheiro da Segurança Social no BPN.
Sabe-se que a CGD tinha várias contas no BPN aproveitando os juros irreais praticados nesse banco, quanto não se sabe ao certo, falava-se na altura em mais de 500 milhões de euros, mas talvez seja muito mais. O BPN foi criado 1993, e em 1999 foi aberta uma ou várias contas pela CGD utilizando os fundos da Segurança Social, sendo nessa altura José Oliveira e Costa o seu presidente e o ministro responsável pela Segurança Social no governo Ferro Rodrigues.
Pela administração e órgãos sociais do BPN e da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) passaram muito dirigentes de vários quadrantes políticos, principalmente do PSD, daí que quando da nacionalização, tenha havido poucas críticas. Dias Loureiro, por exemplo foi compadre de Ferro Rodrigues, quando da casamento dos seus filhos João Ferro Rodrigues e Joana Dias Loureiro, o mundo é pequeno.
A conta da Segurança Social no BPN dá-se portanto em 1999, sendo legítima tal abertura de conta, mas depressa se verificaram grande movimento nas entrada e saída de dinheiro pouco claras. Ainda não é claro se parte desse dinheiro era aplicado em depósitos, acções ou obrigações, ou se era usado nas dezenas de off-shores desse banco, ou até para financiar certas personalidades.
Desde 2001 que decorriam vários processos relativos ao BPN/SLN no Ministério Público, na Polícia Judiciária e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o próprio Banco de Portugal tinha conhecimento das prática pouca claras praticadas pelo BPN.
As apostas perdidas...para alguns.
Com a gestão de um fundo de maneio de 2 mil milhões de euros, a Segurança Social teria um depósito de cerca de 500 milhões no BPN (ou mais) o que representa 25% de todo o fundo num banco que tinha apenas 2% de quota de mercado. Esse dinheiro investido pela Segurança Social foi o principal motivo da nacionalização do BPN, um banco que custo ao Estado, segundo alguns cálculos 8 mil milhões, e que foi vendido ao BIC por apenas 40 milhões. Esse escândalo não podia ser revelado.
Vários jornais internacionais noticiaram as manifestações que aconteceram em Portugal durante a tarde e noite de sábado, quando centenas de milhares de pessoas saíram para a rua num protesto contra a troika e contra as medidas de austeridade feitas pelo Governo em várias cidades portuguesas.
El Mundo
O El Mundo refere que as pessoas saíram à rua em mais de 30 cidades num protesto pacífico e não partidário organizado a partir das redes sociais com o lema “Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas”. O jornal espanhol noticia ainda a imolação pelo fogo de um jovem em Aveiro
El País
O El País, que refere a austeridade portuguesa como draconiana já antes das novas propostas para o Orçamento de Estado de 2013 feitas pelo primeiro-ministro Passos Coelho, fala de dezenas de milhares de pessoas que saíram para as ruas de Lisboa para o protesto e nas principais cidades portuguesas. O jornal espanhol refere ainda os incidentes que aconteceram à frente do FMI, na Avenida da Liberdade e mais tarde, em frente do Parlamento.
Le Monde
O jornal francês Le Monde cita o artigo da France Press com numerosas frases de protesto ditas no sábado: “Fim ao terrorismo social” ou “Aqueles que roubam Portugal devem ser julgados”. O texto também reforça o carácter não partidário original da manifestação e fala do bom ambiente da manifestação em Lisboa.
BBC News
O site de notícias público britânico juntou as manifestações de Espanha e Portugal numa única peça. Em relação ao que se passou em Lisboa e no Porto, a notícia refere que as duas manifestações foram pacíficas na maior parte do tempo. A BBC News refere ainda os incidentes à frente do edifício no FMI e o caso da imolação por fogo feita por um homem em Aveiro.
The New York Times
O diário nova-iorquino cita a Associated Press que também menciona as manifestações ibéricas num só artigo. O texto refere os desacatos junto do edifício do FMI e diz que dois manifestantes foram presos, e enquadra os protestos nas recentes medidas de austeridade propostas por Passos Coelho.