"Esta é sem dúvida uma nova partícula. Sabemos que tem de ser um Bosão e é o Bosão mais pesado até hoje encontrado". As palavras são de Joe Incandela, porta-voz do projeto do acelerador de partículas CMS (Compact Muon Solenoid), no CERN, e descreve a importância da descoberta relevada hoje pela Organização Europeia para a Investigação Nuclear, num seminário realizado em Genebra no âmbito da conferência ICHEP2012, a decorrer na Austrália.
Já ontem um vídeo interno do CERN, com declarações do mesmo porta-voz, deixava antever uma descoberta importante ao nível das partículas subatómicas. O que o CERN acaba de confirmar.
As características da nova partícula subatómica assemelham-se ao comportamento e à massa previstos para o Bosão de Higgs - partícula elementar que surgiu após o Big Bang, e defendida desde 1960 como a origem do Universo - o que pode representar a maior descoberta no mundo da física dasúltimas décadas.
"É difícil não ficar entusiasmado com estes resultados" - afirmou o Director de Pesquisa do CERN, Sergio Bertolucci, relembrando que, já no ano passado, os responsáveis desta organização tinham apontado 2012 como o ano em que poderiam descobrir uma partícula subatómica semelhante ao Bosão de Higgs, ou excluiriam a existêcia e a consistência deste modelo teórico.
"Com todas as cautelas necessárias, parece-me que estamos numnovo ponto de partida: a observação desta nova partícula indica-nos o caminho para uma percepção mais detalhada do que estamos a observar nestes dados" - concluiu Bertolucci.
Em termos técnicos, a partícula descoberta pelos cientistas no CERN possui uma massa 133 vezes superior à de um protão, ou seja, 125,3 GeV, com um sinal de 5 sigma.
No entanto, o CERN reafirma que são ainda resultados preliminares baseados na recolha de dados entre 2011 e 2012. A publicação completa destas análises está agendada para o final de Julho.
Fontes: Tek Sapo, rfi
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