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09/03/23

Como analisar a situação na Turquia e na Síria por Idriss Aberkane - Em Português

 




Neste vídeo, Idriss Aberkan, um especialista em relações internacionais, analisa a situação atual na Turquia e na Síria.

Idriss Aberkan é um especialista em relações internacionais, com foco em questões que afetam o mundo árabe e muçulmano. Ele possui vasta experiência em análise geopolítica e estratégica, e é frequentemente convidado para falar sobre assuntos relacionados ao Oriente Médio em programas de televisão e rádio. Além disso, Aberkan é um escritor prolífico, tendo publicado vários artigos em revistas e jornais internacionais sobre política, economia e questões culturais do mundo árabe. Ele é conhecido por sua abordagem imparcial e crítica em suas análises e opiniões.

17/01/13

Sequestro da TROIKA - para garantir o pagamento dos empréstimos bancários

Finalmente uma explicação limpa e clara sobre como funciona a economia/política !


Paulo Morais no debate "A Corrupção na Origem da Crise" efectuado na "Associação 25 de Abril", em 6 DEZ. 2012

Fonte: Youtube

09/01/13

O plano mais bem detalhado !

Este post serve apenas para aconselhar a leitura de um artigo que considero de grande importância. O texto em questão desvia-se das etiquetas da teoria conspiração, o que é ótimo pois todos sabemos que o próprio termo "teoria da conspiração" é logo automaticamente anulado, censurado e ridicularizado pela maioria.
No entanto, isso não significa que tudo que foi etiquetado com esse termo seja falso, nem por sombras... O termo é que foi comprometido e agora não é levado a sério.

Portanto, é importante neste momento deixar esse termo de lado. Como veremos no artigo em questão, ele explica mais ou menos as mesma coisas que a turma da "conspiração" vem falando à décadas, mas de maneira mais clara, detalhada e verificável. Segue o link de Informação Incorrecta:

http://informacaoincorrecta.blogspot.pt/2013/01/o-mundo-segundo-o-council-on-foreing.html

30/11/12

O objetivo oculto do aquecimento global ??


Aquecimento Global, é sem dúvida um dos temas mais polémicos dos nossos tempos. Um tema que, praticamente, nasceu com o Clube de Roma, e que obviamente deixa logo os cépticos do aquecimento com a pulga atrás da orelha.

Bom, mas esse não é o problema. A grande guerra continua focada em poucas questões:

- Afinal o planeta está a aquecer ou arrefecer ?
- O gelo dos pólos está a derreter ou a aumentar ?
- A causa é natural ou de origem antrópica (humana) ?

Para essas questões encontramos inúmeras respostas e as mais variadas opiniões e teorias. Uns dizem que sim, o planeta aquece, o gelo derrete, o nível do mar sobe, o clima muda, tudo isso por causa dos humanos e as suas emissões de CO2 que criam o efeito estufa.

05/11/12

Outono de 2012: Bem-vindo às semanas da grande transição – A geopolítica, o detonador do novo grande choque mundial


Há vários meses previmos um importante choque para a economia e para a estabilidade política global no Outono de 2012. Mantemos este "alerta vermelho" e faremos o ponto da situação em meados de Novembro de 2012, em paralelo com a nossa análise anual dos "riscos-país" de 2013, sobre o estado do mundo nessa data.

Nestas últimas semanas, conforme previsto pela nossa equipa, a situação geopolítica mundial degradou-se rapidamente: o conflito sírio tornou-se num conflito regional para o qual as grandes potências tentam agora não ser arrastadas para além dos limites que fixaram [1] ; no norte do Sahel (Mali, Nigéria, …) prepara-se uma nova confrontação militar entre islamitas e ocidentais [2] ; o mar da China transformou-se numa zona de conflitos "mornos" em todos os azimutes, com o Japão e a China no centro do caos em gestação [3] ; as grandes economias mundiais entram todas em recessão [4] ; a agitação social aumenta, a par da pressão fiscal,… e já não há liquidez disponível (até a eficácia dos QE está em queda livre [5] ) como aconteceu em 2009.

Neste GEAB nº 68, a nossa equipa faz assim o ponto da situação no horizonte quanto às perspectivas imobiliárias ocidentais em 2013 e acrescenta uma previsão especial "Imobiliário Holanda", dado o colapso imobiliário em curso nesse país. Paralelamente continuamos a explorar as consequências sociopolíticas para 2013 da crescente agitação da opinião pública, concentrando-nos aqui nos Estados Unidos [6] . Finalmente, depois de uma volta pelo horizonte e por um calendário das grandes tendências para os próximos meses, desenvolvemos as nossas recomendações no que se refere ao imobiliário, ao ouro e às bolsas.

Figura 1.

Simultaneamente, como pano de fundo destes conflitos asiáticos ou árabe-muçulmanos, assistimos à generalização de testes, pelos seus aliados e adversários, quanto ao grau de enfraquecimento da potência EUA [7] . E cada semana que passa ilustra a impotência crescente do "patrão do fim do século XX": "o fazedor de reis do Médio Oriente" dos anos 1990/2000 tem que se limitar, daqui em diante, a conter a rejeição da sua presença e a ter o maior cuidado com qualquer acção militar visível [8] ; e, a partir de agora, a "superpotência do Pacífico", está reduzida a "contar os golpes" entre o Japão, seu aliado estratégico histórico na região [9] e a China, seu principal concorrente geopolítico mas, sobretudo, seu principal parceiro económico, monetário e financeiro [10] . De resto é aí que se revela o "calcanhar de Aquiles" dos EUA, cada vez com consequências mais pesadas [11] .

18/10/12

O dia em que o Dinheiro parou

Impossível retirar seu dinheiro dos bancos em breve, de acordo com um ex-Goldman Sachs.




Jean-Michel Steg foi formado na Universidade de Harvard nos EUA antes de ingressar no IEP (Instituto de Estudos Políticos) Ciências Po em Paris. Ex-Diretor Geral nos bancos Citigroup, Goldman Sachs e Lazard Freres, está atualmente na Blackstone.

Enquanto debate sobre a falência do sistema de previdências complementares com Nicolas Doze em BFM Business, ele afirma abertamente que o sistema bancário deixará de funcionar em breve, deixando os convidados completamente mudos antes de passar para outro assunto.

Vídeo:



Tradução:

"Eu acho que (...) em França, as pessoas só começarão realmente a mexer-se no dia em que colocarão o cartão (...) na caixa multibanco e não sairá nada, quer seja na caixa multibanco do seu banco, na conta bancária de um funcionário público ou na de um reformado. E eu acho que esse dia está a aproximar-se."


Fontes: BFM Business, Google, Youtube

21/09/12

A verdade escondida por trás do escandalo do BPN

Mais um bom texto que retrata as jogadas sujas da oligarquia portuguesa que deve ser partilhado.

Porque é que o estado injectou 5,7 mil milhões de euros para salvar o BPN evocando um risco sistémico quando este banco representava apenas 2% de quota de mercado?

Porque, para além da corrupção e das altas personalidades envolvidas, o que muita gente não sabe, porque não foi divulgado, é que muito dinheiro da Segurança Social estava lá depositado, e essa verdade não convêm a ninguém.


Jogar na bolsa o dinheiro das reformas.

Os descontos que fazemos para a reforma são geridos pela Centro Nacional de Pensões da Segurança Social ou a Caixa Geral de Aposentações (no caso das reformas da Função pública e empresas do Estado). Mas, como é óbvio, esse dinheiro não fica a "dormir" durante anos para ser utilizado para pagar as pensões mais tarde.


No caso da Caixa Geral de Aposentações, a carteira de investimentos é composta quase exclusivamente por títulos de dívida do Tesouro português, o que em caso de queda de valor de mercado, como tem sido o caso nos últimos anos, as perdas podem ser significativas. Só no ano de 2011, essas perdas foram de 1,46 mil milhões de euros. Esta política de investimentos, adoptada pelos sucessivos governos, há muito tempo que deixou de ser considerada segura.


No caso da Segurança Social, o dinheiro das reformas é gerido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) que investe esse dinheiro em títulos de dívida portuguesa, sendo assim a CGD um dos maior credores do próprio Estado com um valor superior a 5 mil milhões de euros. Mas a CGD também investe esse dinheiro em outras áreas.



O dinheiro da Segurança Social no BPN.


Sabe-se que a CGD tinha várias contas no BPN aproveitando os juros irreais praticados nesse banco, quanto não se sabe ao certo, falava-se na altura em mais de 500 milhões de euros, mas talvez seja muito mais. O BPN foi criado 1993, e em 1999 foi aberta uma ou várias contas pela CGD utilizando os fundos da Segurança Social, sendo nessa altura José Oliveira e Costa o seu presidente e o ministro responsável pela Segurança Social no governo Ferro Rodrigues.


Pela administração e órgãos sociais do BPN e da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) passaram muito dirigentes de vários quadrantes políticos, principalmente do PSD, daí que quando da nacionalização, tenha havido poucas críticas. Dias Loureiro, por exemplo foi compadre de Ferro Rodrigues, quando da casamento dos seus filhos João Ferro Rodrigues e Joana Dias Loureiro, o mundo é pequeno.


A conta da Segurança Social no BPN dá-se portanto em 1999, sendo legítima tal abertura de conta, mas depressa se verificaram grande movimento nas entrada e saída de dinheiro pouco claras. Ainda não é claro se parte desse dinheiro era aplicado em depósitos, acções ou obrigações, ou se era usado nas dezenas de off-shores desse banco, ou até para financiar certas personalidades.


Desde 2001 que decorriam vários processos relativos ao BPN/SLN no Ministério Público, na Polícia Judiciária e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o próprio Banco de Portugal tinha conhecimento das prática pouca claras praticadas pelo BPN.



As apostas perdidas...para alguns.

Com a gestão de um fundo de maneio de 2 mil milhões de euros, a Segurança Social teria um depósito de cerca de 500 milhões no BPN (ou mais) o que representa 25% de todo o fundo num banco que tinha apenas 2% de quota de mercado. Esse dinheiro investido pela Segurança Social foi o principal motivo da nacionalização do BPN, um banco que custo ao Estado, segundo alguns cálculos 8 mil milhões, e que foi vendido ao BIC por apenas 40 milhões. Esse escândalo não podia ser revelado.

Fonte: Octopus

01/08/12

O Fim do sistema Financeiro Mundial é iminente


É o que diz no site de Rússia Today:

Começa a contagem regressiva para o sistema financeiro mundial.

Os especialistas afirmam que a banca mundial pode entrar em colapso no outono, epoca 'habitual' das crises...

Artigo completo (está em espanhol mas entende-se perfeitamente):

http://actualidad.rt.com/economia/view/50493-Empieza-cuenta-regresiva-del-sistema-financiero-mundial

24/07/12

Derivados? Mas “quantos”?

Mais um excelente artigo de Informação Incorrecta...:

Eis um post comprido. No sentido que tem muitas imagens.
A pergunta é: quanto é o total dos derivados no mundo?
É muito, muito dinheiro.

Mas o que significa "muito"?
Eis uma breve apresentação que tenta visualizar o "quanto".
E reparem: trata só dos Estados Unidos...

(Um agradecimento particular para Sergio U.!!!)

Comecemos com o motor do mundo: o Dólar.
Juntamos algumas notas e teremos:

28/04/10

Economia: Alta tensão !

... Pois é,.. as promessas de recuperação têm se sucedido nestes últimos meses mas a situação está cada vez pior... já não conseguem disfarçar o caos económico que se avizinha...

Vamos ver o ponto da situação com a ajuda de Mário Nunes do Blog Kafe Kultura:


Portugal nas mãos de especuladores!



Nada sei de Economia, ratings, acções, bolsas e o diabo a sete.

Contudo, a situação económica do país não será a melhor.

No entanto, os portugueses parece que andam demasiado destraidos, assobiando para o lado como se nada fosse com eles.

Também não é caso para menos andam destraídos com demasiados 'fait-divers', como se estivessem anestesiados.

Sucedem-se os “casos” e as “caixas”, nos jornais e na TV.

As noticias são apresentadas em catadupa, cada dia pior que o outro e não se vê jeito disto melhorar.

Para mim chegamos ao final dum ciclo, assim com como o comunismo teve um fim, dentro de meses chagar-se-à ao fim do capitalismo e porque não ao fim da história, como profetizou Francis Fukuyama, no livro homónimo.

No entanto deixo-vos com um texto publicado por Max, autor do blog Informação Incorrecta (http://informacaoincorrecta.blogspot.com), que melhor que eu vos explicará a dificil situação económica do país, para ler e reflectir:



Dia feio para a Grécia. Dia feio para Portugal.

Em geral, dia feio para toda a zona Euro.

Podemos estar perante um dos piores cenários para um País: o cenário do default, isso é, da bancarrota.


E não é uma mera hipótese: a Grécia está muito perto disso.

Hoje foi fechada a contratação dos títulos de Estado. A razão? O rendimento tinha atingido um inacreditável 7%.


Isso significa que por cada 100 € que o governo de Atenas consegue arrecadar no mercado financeiro, terá que pagar 7% de juros. Valores que pertencem ao mundo da usura, não da Bolsa.

Vamos ver os dados.


E começamos com os principais mercados do continente:


Reino Unido FOOTSIE -0,54

Alemanha DAX -2,73%

Italia MIB -3,38%

França CAC -3,82%

Espanha IBEX -4,19%

Portugal PSI20 -5,36%

Grécia ATHEX 20 -6,85%



Não é preciso muito para observar que todo os valores são negativos. O que acontece?
Simples: as bolsas ficaram deprimidas porque toda a Zona Euro entrou em sofrimento. E o horizonte da moeda única não é nada prometedor.


A liderar esta corrida para baixo encontramos a Grécia que acabou de viver um dia dramático. Tão dramático que há quem veja nisso o prólogo do default.
Os factos:

O rating de Atenas cai até o BB+/B. [...] Os títulos de estado helénicos perto do crack, os bond a 2 anos tratados ao 80% do nominal. (Fonte: Wall Street Italia)

Com causa na total incapacidade mostrada pela Europa na resolução dos graves problemas financeiros de casa, Standard & Poor's baixou o rating (crédito de longo e curto prazo) dos títulos de estado da Grécia de bem 3 degraus consecutivos.

É assim: enquanto a Europa discute, duvida, avança e não avança (situação que Informação Incorrecta já tinha realçado), os mercados financeiros não querem esperar mais. O sinal é claro: ou existe esta ajuda ou não existe, não há outras soluções. E, por enquanto, o êxito é negativo: a ajuda não existe.

É claro que as primeiras a tomar medidas sejam as agências de rating as quais, é bom não esquecer, têm sede nos Estados Unidos. Porque deixar escapar uma ocasião como esta para desviar as atenções do mercado interno e focaliza-las nas desgraças do Velho Continente?

Só uma pergunta: mas ninguém na Europa tinha previsto uma situação como esta? Claro que alguém pensou nisso, certas coisas não acontecem por acaso.

Mas continuamos na nossa leitura:

O rating do País helénico é agora "lixo". Standard & Poor's, que foi criticada ao longo da crise de 2008 pela pouca velocidade no baixar os ratings, desta vez antecipou todos, sinalizando as insustentáveis lentidão, indecisões, dúvidas dos Países Europeus (Alemanha entre os outros) ao enfrentar o "quase-crack" helénico.[...]

"A Europa demonstra ser impotente perante as dificuldades dos Países mais fracos do Euro" afirma um banqueiro de New York. (Fonte: Wall Street Italia)

Segundo Bloomberg, os CDS da Grécia saltaram até o valor 814, novo recorde absoluto, em termos negativos obviamente.


Condensando estas notícias, a Grécia está muito perto da bancarrota e o dia de amanhã já pode ser decisivo.



O que significa bancarrota? Significa que, neste caso, a Grécia terá de admitir não ter dinheiro suficiente para pagar as dívidas. As consequências são facilmente imagináveis: seria a repetição de quanto acontecido na Argentina no começo do século.

Para o resto da Europa poderia implicar o fim da moeda única. Ainda é cedo para previsões neste sentido, mas os efeitos da crise grega já são evidentes. E não só da crise grega...

Alarme vermelho para os mercados com bolsas europeias em forte baixa e abalos sem precedentes [...] após o duplo corte de rating para a Grécia e Portugal.

Pois. Já falámos disso: quando acabar a odisseia grega alguém terá que ocupar o seu lugar. E o melhor candidato é o País do fado.

Standard & Poor's cortou o rating de Portugal com base nas dúvidas acerca da gestão dos altos níveis de endividamento e as fracas perspectivas económicas.
A agência cortou o rating de longo prazo de dois notch, A- (quatro notch acima do nível "junk")


"Isso reflecte a nossa visão dos riscos fiscais amplificados que Portugal tem que enfrentar" realça Standard & Poor's.


"Com base no nosso cenário de crescimento económico achamos que o governo português possa ter dificuldades em estabilizar a questão da dívida até 2013." continua a agência. (Fonte: Reuters)

Bastante claro. Resultado: Portugal passa a ter o segundo pior rating da Zona Euro, logo após a desastrada Grécia.



Áustria AAA

Finlândia AAA

França AAA

Alemanha AAA

Luxemburgo AAA

Holanda AAA

Bélgica AA+

Espanha AA+

Irlanda AA

Eslovénia AA

Chipre A+

Italia A+

Eslováquia A+

Malta A

Portugal A-

Grécia BBB+

27/04/10

"Portugal está visivelmente vulnerável"

Kenneth Rogoff é co-autor de vários estudos sobre dívida  soberana.

Kenneth Rogoff é co-autor de vários estudos sobre dívida soberana.



Pedro Latoeiro
26/04/10 09:45

Kenneth Rogoff, professor em Harvard e antigo economista chefe do FMI, considera que nos próximos dois a três anos haverá pelo menos mais um país da zona euro a pedir auxílio financeiro.

"É mais provável que o FMI ajude pelo menos mais um país da zona euro, nos próximos dois a três anos, do que o contrário", afirmou Kenneth Rogoff durante uma entrevista telefónica à agência Bloomberg, considerando assim que Atenas não será a última a precisar de ajuda externa para resolver a crise interna. A probabilidade de isso acontecer, avança, "é superior a 50-50".

"Não diria que [Irlanda, Espanha e Portugal] precisam da ajuda do FMI, mas é uma possibilidade. É difícil dizer e depende sobretudo da vontade política e dos números", afirmou.

Considerando que Irlanda, Espanha e Portugal estão "visivelmente vulneráveis", o antigo economista chefe do FMI sublinha serem precisos "cortes profundos nos orçamentos de vários países europeus".

Para Rogoff, que previu em 2008 a falência de bancos norte-americanos antes do colapso do Lehman Brothers, os políticos europeus apostam na retoma económica para resolver o problema do endividamento. No entanto, alerta, "será muito difícil ver uma retoma económica sustentada na Europa".

As declarações do professor da Universidade de Harvard surgem num dia em que os mercados de dívida dão novos sinais de nervosismo. O ‘spread' das obrigações do Tesouro português a 10 anos face às ‘bund' alemãs comparáveis superou hoje a barreira dos 200 pontos.

Fonte: Económico

15/04/10

"Portugal corre risco de falência económica"

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina de 2001.

"Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando", escreve Simon Johnson.


Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina falida de 2001.

"O próximo no radar é Portugal. Este país só não está no centro das atenções porque a Grécia caiu numa espiral descendente. Mas estão ambos perto de falência económica e parecem hoje bem mais arriscados do que a Argentina quando entrou em incumprimento, em 2001", lê-se num artigo assinado em conjunto por Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, e Peter Boone, do ‘Center for Economic Performance' do London School of Economics.

Para estes dois especialistas "nem os líderes da Grécia nem os de Portugal estão preparados para impor as políticas necessárias" e, no caso português, "não se está sequer a discutir cortes sérios".

Certos de que as políticas projectadas são insuficientes, Simon Johnson e Peter Boone antecipam que "Portugal e Grécia vão ter níveis de desemprego elevadíssimos nos próximos anos" e afirmam que "Portugal está esperançado que poderá sair desta situação pelo crescimento, mas isso só poderia acontecer com um extraordinário boom económico".

"Tenhamos dó dos políticos portugueses mais ponderados quando dizem que a probidade orçamental exige apertar o cinto mais cedo (...) Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando para depois pedirem ajuda externa", declaram.

Porque falhou Portugal

Tal como a Grécia, Portugal entrou numa espiral de dívida insustentável, defendem os autores.

"Portugal gastou demasiado durante os últimos anos, com a dívida pública a atingir os 78% do PIB em 2009 (comparando com 114% na Grécia e os 62% da Argentina, quando entrou em incumprimento). Esta dívida tem sido financiada sobretudo por investimento estrangeiro e, tal como a Grécia, em vez de pagar os juros desses títulos, Portugal optou por, ano após ano, refinanciar a sua dívida", sustentam.

"Em 2012, o rácio dívida pública/PIB português deverá atingir 108% se o país atingir as suas metas de corte do défice. Chegar-se-á no entanto a um ponto em que os mercados financeiros vão simplesmente recusar-se a financiar este esquema Ponzi", concluem.

Depois de descreverem a situação portuguesa, Johnson e Boone acusam as agências de ‘rating' de terem medo de "tocar em Portugal".

"Hoje, e apesar dos perigos evidentes e dos elevados níveis de dívida, as três grandes agências de ‘rating' estão certamente assustadas em dar o passo de declarar a dívida grega como ‘junk'. Têm também um receio parecido em tocar em Portugal", lê-se no texto.

Fonte: Económico

"Recuperação econômica" !?

Nada de "recuperação econômica" para a classe trabalhadora

Por Barry Grey
14 de abril de 2010

O relatório de desemprego dos EUA apresentado na última sexta-feira, que mostrava um ganho líquido de 162 mil postos de trabalho em março, foi apropriado pela administração Obama e por grande parte da mídia como uma confirmação das afirmações oficiais de que a recessão acabou e que a recuperação do mercado de trabalho começou.

Chamando o relatório do Departamento do Trabalho de "a melhor notícia no front dos empregos em mais de dois anos", o presidente Obama disse: "estamos começando a dobrar a esquina". O New York Times começou seu relato sobre os dados do mercado de trabalho com as seguintes palavras: "as nuvens foram embora".

Se olharmos mais de perto para as estatísticas, porém, as conclusões são bem menos otimistas. O ganho líquido de postos de trabalho não-agrícolas foi muito menor do que os 200-300 mil antecipados pela maioria dos economistas. Além do mais, 88 mil das novas contratações eram temporárias - incluindo 48 mil realizadas para executar a pesquisa de censo dos EUA.

A assim chamada taxa de subemprego, que inclui aqueles que, contra a própria vontade, trabalham meio período e os que desistiram de procurar emprego, subiu para 16,9%, o terceiro aumento mensal consecutivo. As fileiras de trabalhadores buscando empregos de tempo integral e forçados a trabalhar no regime de meio período aumentaram para um nível assustador de 9,1 milhões de pessoas.

Talvez mais ameaçador, o número de desempregados de longo prazo - os demitidos há pelo menos 27 semanas - aumentou em 414 mil alcançando a marca de 6,5 milhões de pessoas. Esta classificação abarca mais de 40% dos trabalhadores desempregados, uma porcentagem bem mais alta do que a da profunda recessão de 1981-82. A taxa média de duração do desemprego aumentou para 31 semanas em março, o patamar mais elevado já registrado em mais de seis décadas.

O salário médio por hora continua em declínio acentuado.

No vigésimo sétimo mês de uma recessão que eliminou mais de 8 milhões de empregos, a economia dos EUA produziu menos empregos em período integral do que o necessário para acompanhar o crescimento mensal normal da disponibilidade de força de trabalho. Apesar de uma ligeira elevação nos setores de manufatura e construção - após meses de contração - o relatório mostra uma economia afundada na lama e sem qualquer perspectiva de redução do desemprego aos níveis pré-crise.

Na medida em que um pequeno aumento na produção ocorreu na economia real, ele esteve sempre ligado a um ataque massivo contra os empregos, salários, benefícios e padrões de vida da classe trabalhadora. A classe dominante, com a liderança da administração Obama, está usando a crise econômica para implementar uma redução permanente das condições de vida dos trabalhadores.

Parâmetros novos e mais rebaixados estão sendo estabelecidos para salários e condições de trabalho e vêm para ficar. Não são temporários. Sobre tal base, os lucros corporativos foram às alturas, apesar do desemprego de quase dois dígitos e da redução do consumo.

A deterioração da posição social da classe trabalhadora é evidenciada principalmente pelas estatísticas de produtividade. No quarto trimestre de 2009, quando o produto interno bruto dos EUA cresceu 5,6%, a produtividade - quantidade de produção espremida de cada trabalhador - subiu a uma taxa anual de 6,9%. Os custos da força de trabalho tiveram uma queda acentuada de 5,9%. O salário por hora ajustado de acordo com a inflação mostrou queda de 2,8% em relação ao trimestre anterior.

Os números documentam uma subida brusca na intensidade da exploração da força de trabalho.

Outra indicação do caráter de classe da assim chamada recuperação é a divergência entre o PIB e a medida da renda nacional - conhecida como renda interna bruta. No terceiro trimestre de 2009, a renda interna bruta ainda estava em contração, mesmo enquanto o PIB aumentava em 2,2%. O atual rombo entre o PIB e a renda interna bruta é o maior já registrado.

Essa divergência estatística aponta que a atual recuperação é fundamentalmente arraigada nos lucros corporativos e na riqueza da classe dominante, enquanto os padrões de vida da vasta maioria dos americanos continuam a cair. É uma recuperação na qual divisões de classe e desigualdade social estão se ampliando.

Isso também é sugerido pela lista dos 30 presidentes corporativos mais bem pagos publicada no domingo pelo New York Times. Dez deles presidem empresas que registraram declínios de rendimento e renda líquida em 2009, mas ainda assim obtiveram ganhos de "retorno total" - uma medida ligada às variações dos preços das ações de uma companhia. Quase todos os presidentes tiveram um aumento de seus pagamentos com relação a 2008.

O "sucesso" dessas corporações, e de seus chefes executivos, deu-se principalmente com base em medidas de corte de custos que, mesmo em face da redução dos ganhos e renda, impulsionaram os preços das ações das firmas. Isso fornece uma imagem do grau em que a "recuperação" se baseou em enxugamentos implacáveis, cortes salariais e aumento da intensidade do trabalho.

Alguns exemplos:

* O terceiro presidente corporativo mais bem pago, Ray R. Irani da Occidental Petroleum, recebeu $31,4 milhões, um aumento de 39%. Sua firma sofreu uma queda de 37% no rendimento, um declínio de 57% na renda líquida, mas um aumento de 38% no retorno total.

* Susan M. Ivey, número 27 da lista, conseguiu um aumento de 84% em seu pagamento, que atingiu $16,2 milhões. Sua empresa, Reynolds American, registrou declínios de rendimento e renda líquida de 5% e 28%, respectivamente, enquanto o retorno total da companhia subiu 40%.

* Andrew N. Liveris da Dow Chemical, número 28 da lista, recebeu $15,7 milhões, um aumento de 23%. A renda de sua companhia caiu 22%, e a renda líquida caiu 61%, mas o retorno total deu um salto de 87%.

Ao lado dos cortes nos custos e aumento da exploração da força de trabalho, a recuperação foi sustentada por resgates governamentais aos bancos e um suprimento virtualmente ilimitado de crédito barato pelos bancos centrais dos EUA e do resto do mundo. Isso elevou os preços das ações de maneira desconectada com relação ao estado da economia real e catalisou excessos especulativos ainda maiores que os que precipitaram o crash financeiro de 2008. Nas semanas recentes, por exemplo, vimos um crescimento explosivo do mercado de títulos de alto risco.

Longe de resolver as contradições subjacentes do capitalismo mundial, essa pilhagem dos recursos públicos intensificou-as. Desequilíbrios massivos e estruturais no cenário da economia global - particularmente entre países deficitários, liderados pelos EUA, e países exportadores, superavitários, liderados pela China e Alemanha - foram ampliados e intensificados.

Enfrentando níveis recordes de endividamento público e déficits orçamentários, os EUA procuram elevar suas exportações à custa de seus rivais. Mas todos os outros grandes países deficitários fazem o mesmo, enquanto nações superavitárias como China e Alemanha defendem com unhas e dentes seus mercados de exportação. Simultaneamente, a pilhagem dos recursos estatais em prol do resgate à elite financeira aumentou a pressão por medidas de austeridade draconianas que reduzam os gastos governamentais. Isso, por sua vez, pode apenas aprofundar a queda no consumo, tornando a competição entre países por mercados de exportação cada vez mais feroz e aumentando a probabilidade de guerras comerciais e monetárias abertas.

A administração Obama, que jurou dobrar as exportações dos EUA em 5 anos, parece basear sua estratégia econômica em puxar para baixo os custos da força de trabalho, de modo que a manufatura dos EUA possa ser ao menos parcialmente revivida enquanto um centro de mão-de-obra barata para produtos de exportação.

Sob condições de desemprego em massa de longo prazo, salários em queda, miséria crescente, número recorde de falências individuais e escalada na execução de hipotecas, toda a economia cada vez mais lembra um castelo de cartas. O ressuscitar do mercado imobiliário, que é chave para qualquer recuperação verdadeira, parece altamente problemático com a expectativa de que as execuções de hipotecas aumentem de 1,7 milhões em 2009 para 2,2 milhões neste ano.

Para a classe trabalhadora, não existe qualquer possibilidade de recuperação real dentro dos quadros do sistema capitalista. Para reverter as condições sociais cada vez mais brutais de exploração e pobreza, ela precisa organizar sua resistência sobre a base de uma perspectiva socialista, revolucionária e internacionalista.

(traduzido por movimentonn.org)

Fonte: wsws.org

08/04/10

A bolsa cai...

... e o ouro explode.
Enfim, é hora de se livrar do ouro em papel: Grande escândalo no ZeroEdge (em Inglês)

Só o ouro físico enterrado no jardim é seguro !

Reparei que a fuga dos capitais gregos chegou aos jornais .... O "Bank Run" risca de se propagar.

O euro morrerá em breve junto com a UE. A contagem decrescente já começou. O ruptura é certa, nada pode detê-la.

Outro contexto interessante: Desmantelamento da religião católica que já não se consegue livrar dos ataques diários sobre os casos de pedofilia.

Já reparou na confusão que se aproxima ?

No final todo o sistema irá colapsar. Quem sabe efectivamente em 2012.

02/04/10

Vem aí a ditadura ??

A Grécia já só é um estado Zombie ...

O grande golpe de bleuf Europeu não funcionou. A 11/2 e 25/3., os líderes europeus encenaram medidas de resgate ligadas a estritas condições. O mercado não mordeu o isco: Os interesses gregos não baixaram nem um pouco.
Uma intervenção do FMI é cada vez mais provável. Será a primeira falência na União Europeia e um duro golpe para o euro.

O euro é muito "pesado" para os países do "Clube Med" (Portugal, Itália, Espanha, os próximo da lista). A consequência lógica seria uma política liberal do BCE .... e da inflação.

E é aí que eu queria chegar, esta frase do "Welt" de ontem, fez me estremecer :

"A única alternativa seria uma política draconiana de restrições e reduções salariais nesses países, o que só é possível no contexto de um governo autoritário."

E pronto, aplica-se uma ditadura, e assunto resolvido. Interessante não?

01/04/10

Dura Realidade...

Encontrei este artigo no Blog do Mr X através do site Fim dos Tempos.net. O autor do artigo dá nos a sua visão do mundo que, apesar de caótica, talvez seja a dura realidade e ele até tenha razão...



Você está preparado para o caos?


"You are about to enter a world of pain." A frase é do filme "The Big Lebowski", dos irmãos Coen, que assisti apenas recentemente. (É bem bacana, e é um filme que só poderia ter sido rodado em Los Angeles. Esses personagens excêntricos não caberiam em nenhum outro lugar.)

Mas voltando à frase: acho que resume como poucas o sentimento que percorre grande parte do mundo civilizado hoje em dia.

Ou, parafraseando Marx. Há um fantasma rondando o mundo. O fantasma do colapso global. Não, não uma mera crise: um colapso total.

Ei, não gosto de ser apocalíptico, mas é o que está no zeigeist. A passagem do Obamacare nada mais é do que o último baile da ilha fiscal. Après Obama, le deluge.

Em recente post, Richard Fernandez observou que vem uma tempestade aí. Coisa séria. Desvalorização da moeda, guerra e tudo mais. A crise não é apenas americana, é mundial. Se os EUA estão gastando o dinheiro que já não têm, a Europa (leia-se Alemanha e França) está para emprestar o dinheiro que tampouco tem à Grécia, para que esta não entre em bancarrota e puxe o euro junto. A China? Não se iludam: também enfrenta uma housing bubble particular. Os países árabes? Vejam o caso da crise em Dubai. Isso sem falar nos vários conflitos que ameaçam pipocar aqui e ali, dos quais os atentados em Moscou são um mero lembrete. Ninguém se salva tão facilmente dessa.

Mas é possível que quem fique pior sejam os EUA, simplesmente devido ao velho ditado: quanto maior a altura, maior a queda.

Em um artigo extremamente interessante, um russo fez uma comparação entre o colapso soviético pós-comunismo e um hipotético colapso americano. Segundo ele, os russos estavam bem melhor preparados do que os americanos, e por isso sofreram menos do que os americanos irão sofrer.

O raciocínio é simples. Os soviéticos estavam acostumados à fila do pão, à falta de combustível, ao racionamento, ao cortes de luz. "In Soviet Russia, you don't go to party, the Party goes to you."

Mas a América? Os EUA vivem um grande sonho, e ainda não acordaram. Sempre digo que o grande problema dos EUA foi a excessiva prosperidade. Só esta pode explicar tantos e tão absurdos gastos, a ilusão de querer dar "saúde grátis para todos" em um momento que não há dinheiro nem empregos.

Imagine então quando o colapso vier. Não digo uma mera crise passageira, digo uma crise geral, total, como ocorreu na Rússia após o fim do comunismo ou em Berlim nos anos 20. Quebra das instituições. Moeda desvalorizada. Hiperinflação. Falta de comida. Falta de água. Falta de electricidade. Falta de Internet. Imagine uma multidão de gordos, que até ontem estavam brincando com seus iphones, andando pela cidade como zumbis, em busca não de uma conexão wifi, mas de água e comida. Vai ser o caos.

Multiculturalismo? As diversas culturas juntas enfrentando unidas as ameaças? Não creio. Gangues de negros e mexicanos lutarão entre si pelo direito de assaltar brancos e asiáticos. Não espere solidariedade entre árabes e arménios, ou entre indianos e judeus. Vai ser cada um por si.

Alguns poucos estarão bem preparados. É bem verdade que os EUA também são o país dos survivalists, e que as pessoas aqui desde pequenas vão se acostumando à idéia de um apocalipse vindouro. Quase todo blockbuster americano que se preze tem cenas de destruição, cataclisma, morte e horror. E, depois, 9/11, Katrina e os riots de 92 ainda estão presentes na memória coletiva. Mas a sensação é de que algo ainda pior virá.

Essa sensação só aumentou no governo Obama. Que a venda de armas e munições bateu todos os recordes não é segredo. Alguns vão além e estão construindo bunkers, com mantimentos de água e comida. Eu mesmo estou pensando em estocar água e alimentos, o que sempre é útil, mesmo em caso de terremotos. Nunca se sabe o que pode acontecer.

Os analistas apontam uma reprise da crise de 29 em escala global. Possivelmente seguida de guerra também. Ou o contrário, guerra seguida de crise. Basta o Irã atacar Israel, ou Israel atacar o Irã, ou a Coréia do Norte atacar a Coréia do Sul, ou a China atacar Taiwan, ou algum novo terrorista atacar os EUA com uma dirty bomb. Não só explode a guerra, como o preço do combustível sobe as alturas, o comércio mundial é interrompido, e inicia a escassez.

E não pense que o Brasil escapa dessa. Essa não vai ser uma mera "marolinha" não.

A questão não é mais se a crise global vai acontecer. A questão é apenas quando.

Você está preparado?

25/03/10

GEAB nº 43 !


Créditos de: Resistir.info

GEAB nº 43 Disponível !



por GEAB [*]

Neste fim do primeiro trimestre de 2010, no momento em que nas frentes monetárias, financeiras, comerciais e estratégicas os sinais de confrontações multiplicam-se a nível internacional, enquanto a violência do choque social da crise se confirma no seio dos grandes países e conjuntos regionais, o LEAP/E2020 está em condições de fornecer a primeira sequenciação antecipativa do desenrolar desta fase de deslocamento geopolítico mundial.


Recordamos que esta fase não pode ser um prelúdio para uma reorganização perene do sistema internacional senão se, daqui até o meio desta década, as consequências do ruir da ordem mundial herdada da Segunda Guerra Mundial e da queda da Cortina de Ferro, forem plenamente extraídas. Esta evolução implica nomeadamente uma remodelação completa do sistema monetário internacional a fim de substituir o sistema actual fundamentado no dólar americano por um sistema baseado numa divisa internacional cujo valor derive de um cabaz das principais moedas mundiais ponderadas pelo peso respectivo das suas economias.

Ao publicar no ano passado nesta mesma época uma mensagem neste sentido numa página inteira do Financial Times, na véspera da cimeira do G20 em Londres, havíamos indicado que a "janela de tiro" ideal para uma tal reforma radical situava-se entre a Primavera e o Verão de 2009, sem o que no fim de 2009 o mundo entraria na fase de deslocamento geopolítico global [1].


O "anel de fogo" da dívida soberana - Repartição gráfica dos estados com base na suas dívidas e deficits públicos (em % do PIB), Fonte: Reuters EcoWin, 02/2010

O fracaso da cimeira de Copenhaga em Dezembro de 2009, que pôs fim a cerca de duas décadas de cooperação internacional dinâmica sobre este assunto, num fundo de conflitos crescentes entre americanos e chineses, e de divisão ocidental sobre a questão [2] , é assim um indicador pertinente que confirma esta antecipação dos nossos investigadores. As relações internacionais degradam-se no sentido de uma multiplicação das tensões (zonas e personagens) enquanto a capacidade dos Estados Unidos para desempenhar o seu papel de condutor [3] , ou mesmo muito simplesmente de "patrão" dos seus próprios clientes, esfuma-se a cada mês um pouco mais [4] .


Neste fim do primeiro trimestre de 2010 pode-se nomeadamente sublinhar:

* a degradação regular das relações sino-americanas (Formosa, Tibete, Irão, paridade dólar-yuan [5] , baixa das compras de Títulos do Tesouro dos EUA, conflitos comerciais múltiplos, ...]
* as dissensões transatlânticas crescentes (Afeganistão [6] , NATO [7] , contratos de fornecimento da US Air Force [8] , clima, crise grega, ...)
* a paralisia decisional de Washington [9]
* a instabilidade incessante no Médio Oriente [10] e o agravamento das crises potenciais Israel-Palestina e Israel-Irão.
* o reforço da lógicas do blocos regionais (Ásia, América Latina [11] e Europa em particular)
* a volatilidade monetária [12] e financeira [13] mundial agravada
* a inquietação reforçada acerca dos riscos soberanos
* a crítica crescente do papel dos bancos estado-unidenses associada a uma regulamentação visando regionalizar os mercados financeiros [1]
* etc.


Evolução da rentabilidade (em%) da Bolsa de Nova York de 1825 a 2008 - Fonte: Value Square Asset Management / Yale School of Management, 2009

Paralelamente, num fundo de ausência de retomada económica [15] , as confrontações sociais multiplicam-se na Europa enquanto nos Estados Unidos o tecido social é pura e simplesmente desmantelado [16] . Se o primeiro fenómeno é mais visível que o segundo, é contudo o segundo o mais radical. O domínio da ferramenta de comunicação internacional por parte dos Estados Unidos permite-lhe mascarar as consequências sociais desta destruição dos serviços públicos e sociais americanos num fundo de pauperização acelerada da classe média do país [17] . E esta dissimulação é tanto mais facilitada porque, ao contrário da Europa, o tecido social americano é atomizado [18] : sindicalização fraca, sindicatos muito sectorizados sem reivindicação social geral, identificação histórica da reivindicação social com atitudes "anti-americanas" [19] , ... É verdade que, dos dois lados do Atlântico (e no Japão), os serviços públicos (transportes em comum, polícia, bombeiros, ...) e sociais (saúde, educação, aposentadoria, ...) estão em vias de desmantelamento, quando não o são pura e simplesmente encerrados; que as manifestações [20] , por vezes violentas, se multiplicam na Europa enquanto as acções de terrorismo interno ou de radicalização política [21] são cada vez mais numerosas nos Estados Unidos.

Na China, o controle crescente da Internet e dos media é sobretudo um indicador fiável do nervosismo agravado dos dirigentes de Pequim no que se refere ao estado da sua opinião pública. As manifestações sobre as questões de desemprego e de pobreza continuam a multiplicar-se, contradizendo o discurso optimista dos líderes chineses sobre o estado da sua economia.

Na África, a frequência dos golpes de Estado acelera-se desde o ano passado.

Na América Latina, apesar dos números macroeconómicos bastante positivos, a insatisfação social alimenta riscos de mudanças de rumos políticos radicais, como se viu no Chile.


Variação das despesas nominais (22) no âmbito da OCDE (em% do PIB no ano passado) - Fonte: MacroMarketMusings / David Beckworth, 11/2009

O conjunto destas tendências está em vias de constituir muito rapidamente um "coquetel sócio-político explosivo" que conduz directamente a conflitos entre componentes da mesma entidade geopolítica (conflitos estados federados/estado federal nos Estados Unidos, tensões entre Estados membros na UE, entre repúblicas e federação na Rússia, entre províncias e governo central na China), entre grupos étnicos (ascensão dos sentimentos anti-imigrados um pouco por toda a parte) e recurso ao nacionalismo nacional ou regional [23] para canalizar estas tensões destrutivas. O conjunto desenrola-se num fundo de pauperização das classes médias no Estados Unidos, no Japão e na Europa (em particular no Reino Unidos e nos países europeus e asiáticos [24] onde as famílias e as colectividades estão cada vez mais endividadas).

Neste contexto, o LEAP/E2020 considera que a fase de deslocamento geopolítico mundial se vai desenrolar de acordo com cinco sequências temporais, que são desenvolvidas neste GEAB Nº 43, a saber:

0. Iniciação da fase de deslocamento geopolítico mundial – 4º trim. 2009 / 2º trim. 2010
1. Sequência 1: Conflitos monetários e choques financeiros
2. Sequência 2: Conflitos comerciais
3. Sequência 3: Crises soberanas
4. Sequência 4: Crises sócio-políticas
5. Sequência 5: Crises estratégicas

Neste número do GEAB, nossa equipe apresenta igualmente os oito países que lhe parecem mais perigosos do que a Grécia em matéria de dívida soberana, ao mesmo tempo que apresenta a sua análise da evolução pós-crise da economia financeira em relação à economia real. Finalmente, o LEAP/E2020 apresenta as suas recomendações mensais (divisas, activos, ...), inclusive com certos critérios para uma leitura mais fiável das informações no contexto particular da fase de deslocamento geopolítico mundial.

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Notas:

(1) Joseph Stiglitz e Simon Johnson não dizem outra coisa quando consideram que a crise está em vias de se tornar uma oportunidade falhada de reforma do sistema financeiro mundial que vai levar rapidamente a novos choques. Fonte: USAToday , 12/03/2010

(2) Americanos e europeus têm posições diametralmente opostas sobre este assunto e a chegada ao poder de Barack Obama não fez senão tornar mais complicado o posicionamento público dos europeus (uma vez que eles se afirmaram à partida como "obamófilos") sem mudança dos dados de fundo.

(3) Mesmo no domínio da investigação, o lugar dos Estados Unidos recua muito rapidamente. Assim, a classificação mundial das melhores instituições de investigação não conta com mais de seis instituições americanas entre as quinze primeiras, contra quatro europeias e duas chinesas; e nenhuma nos três primeiros lugares. Fonte: Scimago Institutions Rankings 2009 , 03/2009

(4) Como é ilustrado pela atitude de Israel que a partir daqui age de modo quase insultuoso em relação a Washington. É um indicador importante pois ninguém melhor que os aliados mais próximos está em condições de perceber o grau de impotência de um império. Os inimigos ou os aliados recentes ou afastados são incapazes de uma tal percepção pois não têm um acesso tão íntimo ao poder central, nem um recuo histórico suficiente para poder detectar uma tal evolução. O editorial de Thomas Friedman no New York Times de 13/03/2010 ilustra bem o desconcerto das elites americanas face à atitude cada vez mais desenvolta dos seu aliado israelense, e igualmente a incapacidade da administração americana para reagir com firmeza a esta desenvoltura.

(5) O tom sobe consideravelmente sobre esta questão, que se torna um jogo de poder tanto simbólico como económico para Pequim, assim como para Washington. Fontes: China Daily , 14/03/2010; Washington Post , 14/03/2010.

(6) A provável retirada de um grande número de tropas da NATO para fora do Afeganistão em 2011 leva assim a Rússia e Índia a desenvolverem uma estratégia comum, nomeadamente com o Irão, para prevenir um retorno dos talibans aos poder! Fonte: Times of India , 12/03/2010

(7) Além da queda do governo holandês sobre a questão do Afeganistão, é agora da Alemanha que vem a ideia de integrar a Rússia na NATO, uma boa velha ideia russa, com o pretexto de que a NATO não é mais pertinente na sua forma actual. Fonte: Spiegel , 08/03/2010

(8) Os europeus estão muito exasperados após a decisão de Washington de eliminar de facto a oferta europeia do grande contrato de renovação dos fornecedores da US Air Force. Esta decisão provavelmente marca o fim do mito (em voga na Europa) de um mercado transatlântico dos armamentos. Washington não deixará outras companhias além das suas ganharem estes grandes contratos. Os europeus vão portanto ter de encarar seriamente abastecerem-se essencialmente junto à sua indústria de defesa. Fonte: Financial Times , 09/03/2010

(9) Mesmo o Los Angeles Times de 28/02/2010 reflectia as inquietações do historiador britânico Niall Ferguson , o qual considera que o "império americano" a partir de agora pode afundar-se do dia para a noite como foi o caso da URSS.

(10) E o facto de o conjunto do mundo árabe estar doravante fortemente afectado pela crise económica mundial vai acrescentar-se à instabilidade regional crónica. Fonte: Awid/Pnud , 19/02/2010

(11) A Venezuela equipa-se assim com aviões de caça chineses. Uma situaçáo de cenário de ficção política há apenas cinco anos. Fonte: YahooNews , 14/03/2010

(12) Como havíamos antecipado nos GEAB anteriores, quando se dissipar a "crise grega" retorna-se às realidades das tendências pesadas da crise e, como por acaso, desde há alguns dias começa-se a ver novamente análises que põem em perspectiva a perda pelos Estados Unidos da sua classificação AAA referente à sua dívida; e ao fim do estatuto de moeda de reserva do dólar. Fontes: BusinessInsider/Standard & Poor's , 12/03/2010

(13) O gráfico abaixo ilustra a volatilidade cada vez mais forte que caracteriza as praças financeiras e que, segundo LEAP/E2020, é um indício de grande risco sistémico. Se se examina a rentabilidade do New York Stock Exchange ao longo de mais de 180 anos, constata-se que os anos da década passada (2000-2008 e poder-se-ia certamente acrescentar 2009) figuram nos extremos dos melhores e dos piores resultados. É um resultado estatisticamente improvável a não ser que os mercados financeiros, e as tendências que os animam, tenham entrado numa fase de incerteza radical, destacadas da economia real e da sua inércia. A dimensão das ordens dadas nos mercados financeiros mundiais reduziu-se assim 50% em cinco anos, sob o efeito da automatização e dos métodos de "alta frequência" , aumentando portanto a sua volatilidade potencial. Fonte: Financial Times , 21/02/2010

(14) A recente advertência do secretário de Estado do Tesouro dos EUA, Thimoty Geithner, respeitante aos riscos de deriva transatlântica em matéria de regulamentação financeira não é senão o último indício desta evolução. Fonte: Financial Times , 10/03/2010

(15) Último exemplo até à data: a Suécia que pensava ter atravessado a crise encontra-se novamente mergulhada na recessão diante dos muito maus resultados do 4º trimestre de 2009. Fonte: SeekingAlpha , 02/03/2010

(16) A taxa de desemprego nos EUA doravante está em torno dos 20%, com picos de 40% a 50% para as classes sociais desfavorecidas. Para evitar enfrentar esta realidade, as autoridades americanas praticam em muito grande escala uma manipulação dos números da população activa e da população em busca de emprego. O artigo de Steven Hansen publicado em 21/02/2010 no SeekingAlpha e intitulado "Which economic world are we in?" apresenta uma perspectiva interessante a respeito.

(17) Uma análise certamente radical mas muito bem documentada e bastante pertinente desta situação é desenvolvida por David DeGraw no Alternet de 15/02/2010.

(18) Fonte (inclusive os comentários): MarketWatch , 25/02/2010

(19) É a suspeição do "Vermelho", que dormiria em cada sindicalista ou manifestante por causas sociais.

(20) Mesmo nos Estados Unidos onde os estudantes manifestam-se contra os aumentos dos direitos de matrícula e onde a população inquieta-se com o encerramento da metade das escolas públicas numa cidade como Kansas City, ao passo que em Nova York são 62 as brigadas de bombeiros que vão ser suprimidas. Fontes: New York Times , 04/03/2010; USAToday , 12/03/2010; Fire Engineering , 11/03/2010

(21) De Joe Stack aos Tea Parties , a classe média americana tende a radicalizar-se muito rapidamente desde meados de 2009.

(22) A despesa nominal é o valor total das despesas numa economia não corrigida da inflação. É de facto o valor da procura total. Constata-se neste gráfico que a crise assinala um colapso da procura.

(23) O termo regional é utilizado aqui no sentido geopolítico, de conjunto regional (UE, Asean, ...).

(24) Assim, na Coreia do Sul, o endividamento das famílias continua a agravar-se com a crise enquanto as empresas acumulam reservas de liquidez ao invés de investir pois não crêem na retomada. Fonte: Korea Herald , 03/03/2010


15/Março/2010

[*] Global Europe Anticipation Bulletin

19/03/10

Grécia: isto é só o começo !

Via Revelatti
Créditos de: Resistir.info

por Christakis Georgiou

As medidas de austeridade impostas aos trabalhadores gregos para reduzir os défices não são senão um prelúdio do que poderia acontecer em outros países europeus. A crise grega demonstra os desacordos da classe dirigente sobre as estratégias a adoptar.

http://resistir.info/grecia/imagens/atenas_05mar10.jpg

Pela segunda vez desde Dezembro de 2008, a Grécia está no centro da situação política na Europa. Desde a chegada ao poder do Pasok, o partido social-democrata grego, e das revelações referentes às aldrabices com os números do défice orçamental (o governo de direita havia falsificado os números para anunciar um défice menos elevado que o seu nível real, o que lhe permitiu continuar a tomar emprestado a baixas taxas de juro nos mercados), uma espécie de tragédia grega desenrola-se sob os nossos olhos. Os sociais-democratas abandonaram muito rapidamente as suas promessas eleitorais e anunciaram a inevitabilidade das medidas de rigor. A imprensa alemã conduz uma campanha de difamação da população grega. O primeiro-ministro grego, Papandreu, faz o giro das principais capitais da Europa para implorar um salvamento europeu. Na imprensa burguesa, o debate sobre a oportunidade de salvar ou não o Estado grego é tempestuoso. Nos mercados financeiros, a especulação ligada aos défices gregos faz deslizar o euro e inquieta os seus arquitectos. Na própria Grécia, os planos de austeridade seguem-se com uma rapidez impressionante (o do mês de Janeiro não foi suficiente para acalmar os grandes investidores financeiros e foram precisas medidas suplementares, anunciadas em Fevereiro, de âmbito bem mais vasto), as greves multiplicam-se e o medo de um novo Dezembro grego assombra a Europa.

A crise grega é representativa da situação de vários países europeus.

Primeiro, ela reflecte as divisões daqueles que dirigem as nossas sociedades. É o que revela o debate em torno da ajuda que a Europa poderia dar à Grécia. Alguns não querem ouvir falar do mínimo cêntimo de ajuda à Grécia. "A Alemanha não dará um centavo à Grécia", declarou Rainer Brüderle, ministro da Economia e membro do FDP, o partido liberal-democrata alemão, parceiro da CDU de Merkel no governo. Os liberais do FDP e os bávaros da CSU opõem-se ferozmente a um salvamento da Grécia. Ele fazem campanha para que o Estado grego faça o serviço em sua casa e imponha aos trabalhadores a totalidade da factura através de medidas de rigor. Mas face a isso, outros querem a todo preço evitar uma falência do Estado e dentre eles bom número de banqueiros que emprestaram maciçamente à Grécia e ficariam novamente numa situação muito difícil se o país não reembolsasse as suas dívidas. É o que explica a visita a Atenas do patrão do Deutsche Bank no fim de Fevereiro, a fim de negociar com o governo grego um eventual apoio alemão.

Nesta situação, Papandreou tenta jogar todas as suas cartas para fazer pressão sobre o governo alemão. Após a sua visita a Berlim a 5 de Março e a Paris no dia 7, ele encontrou-se segunda-feira com Barack Obama em Washington para evocar a possibilidade de um apoio do FMI. Os dirigentes europeus nem querem ouvir falar. Uma tal solução mostraria a incapacidade da UE em resolver sozinha os seus problemas. E antes de ver o FMI intervir, estão prontos a fazê-lo por si próprios.

O contexto de todas estas escaramuças é saber como se vai distribuir o fardo dos défices gregos. É um braço de ferro entre as classes dirigentes europeias. Mas a sua fonte principal é a incapacidade do governo grego para fazer com que sejam os trabalhadores do seu país a pagar a louça partida da crise.

Pois se Papandreu estivesse em condições de impor o rigor necessário para reduzir rapidamente os défices e acalmar os investidores financeiros, não haveria necessidade de um apoio europeu. É isto que reclamam os "falcões" na Alemanha.

Crise europeia

Para descarregar o folheto clique com o botão direito do rato e faça Save As.... Atrás da Grécia, um conjunto de outros países aguardam a sua vez. Os défices gregos não são muito mais elevados do que os da Espanha, de Portugal, da Irlanda, da Itália ou ainda da Grã-Bretanha. À parte este últimos, os outros fazem parte do euro. Se a Grécia receber apoio, isto seria um sinal de que os grandes países europeus – nomeadamente a Alemanha, principal potência económica europeia – fariam a mesma coisa para os outros. Isto enfraqueceria a pressão que se exerce sobre eles para imporem medidas de austeridade.

De certa forma, portanto, a luta actual dos trabalhadores gregos tem um âmbito europeu. Quanto mais eles conseguirem resistir às medidas de austeridade, mais isto criará condições mais favoráveis aos trabalhadores dos outros países europeus para lutarem contra os planos de austeridade que dentro em breve cairão sobre eles.

E da mesma forma, já em vários países os trabalhadores do sector público passam à acção. Dias 8 e 9 de Março, os funcionários britânicos fizeram greve contra a redução dos seus bónus de despedimento. Em Portugal, em trabalhadores do sector público fizeram greve quinta-feira 5 de Março contra o congelamento dos seus salários, medida tomada para reduzir os défices portugueses. Na Espanha, a terça-feira 2 de Março foi uma jornada contra a elevação da idade de reforma de 65 para 67 anos. Em França, o dia 23 de Março será uma jornada inter-profissional.

A crise grega tornar-se-á certamente uma crise europeia quando os outros governos adoptarem medidas semelhantes. A resistência dos trabalhadores gregos deverá seguir o mesmo caminho.

11/03/10

Será esse o plano ?

Mais um excelente vídeo de deusmihifortis, que por acaso, ainda não tinha visto e foi me recomendado por um anónimo, que deixou um comentário num post anterior, ao qual gostaria agradecer pelo link... ;)

De facto, este vídeo revela-nos como poderá ser a agenda programada há milénios, e tendo em conta a data do vídeo, 11 de Junho 2008, parece que a agenda está a correr às mil maravilhas, ora veja:


Ficam por denrto das Novidades High Tech

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